O futuro dos cruzeiros

O futuro dos cruzeiros ainda é muito incerto. O sector dos cruzeiros foi um dos sectores mais afactados pela pandemia. As pessoa viam os cruzeiros como viveiros de infecção, liam acerca dos escândalos e possíveis más práticas dentro daqueles navios e podem não estar certos de que é seguro voltar.

Por outro lado, há que considerar as actuais restrições e como estas irão afectar  sector no futuro. Tem de ser Seguro para atrair as pessoas, mas também tem de ser viável para as empresas operadoras. Estabelecer um equilíbrio entre estes dois factores principais vai ser um exercício bastante complexo.    

Um fardo indesejado

Desde o início desta pandemia, os cruzeiros fizeram notícia pelas razões erradas.  Começamos com o Diamond Princess no Japão, depois o Ruby Princess em Sidney, entre outros. Muitas pessoas morreram devido a surtos ocorridos nestes navios e foi revelado que, em alguns casos, houve negligência.      

Estes luxuosos hotéis flutuantes, rapidamente passaram de um sonho tornado realidade a um verdadeiro pesadelo. Os casos positivos foram isolados, mas dentro de um navio, é sempre difícil conter a infecção e mais casos foram aparecendo. No final, os navios tornaram-se um fardo indesejável que nenhum país estava disposto a aceitar.

Tornar o sector seguro

Ninguém sabe quando este sector poderá voltar em força, ninguém sabe quando nós poderemos voltar em força, mas há que começar a planear e a olhar para o futuro. Há com certeza muitas lições a aprender com tudo isto, e eles deverão aprender com os seus erros. É necessária regulamentação e talvez uma melhor formação de todas as partes envolvidas. Esta foi uma situação sem precedentes, e quer as autoridades, como as tripulações estavam a lidar com ela pela primeira vez. Não é desculpa para os seus erros, mas é um facto que pode ter tido um papel crucial no que aconteceu.  

A história tem provado que, após um grande desastre, vem sempre uma grande mudança. Eu penso que não será diferente desta vez. As pessoas olharão para os erros cometidos e apresentarão soluções. Na minha opinião, estas soluções terão de vir na forma de regulamentação e formação. Quer as autoridades como as tripulações têm de rebecer uma formação adequada acerca de como agir, num evento como este. É fundamental que exista excelente comunicação, para que as autoridades recebam informação precisa acerca da situação a bordo destes navios e possam dar as instruções adequadas, às tripulações. Regulamentação que reinforce a transparência e as boas práticas. Talvez multas mais pesadas para quem não providencie relatórios precisos.

Também parece claro que o número de passageiros será menor e o distânciamento social está para ficar. A tripulação tem de ser formada, para saber como se proteger e proteger os passageiros. Isto tornará os cruzeiros mais seguros e, no final, fará com que as voltem a ganhar a confiança das pessoas.  

O futuro

Eu penso que o futuro dos cruzeiros será muito diferente dos cruzeiro que tivemos até agora. Mesmo com uma vacina, a situação a bordo de um navio pode tornar-se muito volátil, muito rapidamente, por isso, há que tomar medidas para que não se agrave como aconteceu desta vez.   

Menos passageiros a bordo e distânciamento social significa menos lucros. Isso quer dizer que as operadoras têm de ser criativas, para continuar a fazer estas viagens viáveis. Isso é, na minha opinião, o maior desafio para as operadoras. Estas têm estado a perder montantes avultados e necessitam voltar a trabalhar o mais depressa possível, mas precisam também de assegurar os seus passageiros de que é seguro fazê-lo. Não acontecerá de um dia para o ouro, mas eu penso que a longo-prazo, o sector recuperará e as pessoas voltarão aos cruzeiros.