Cinco décadas depois! Custa a acreditar, mas já passaram 53 anos desde que o Concorde subiu aos céus. A Airline Ratings descreve-o como “sendo uma obra prima da engenharia, uma maravilha tecnológica e o maior desastre financeiro na história da aviação”. Na minha opinião, é a descrição perfeita. Ele estava à frente do seu tempo, era inovativo e tinha umas linhas muito elegantes, o primeiro avião comercial supersónico. Mas tudo isso tinha um custo, e manter o Concorde era extremamente dispendioso e isso acabou por ser a razão da sua retirada.
Um pouco de história
O Concorde foi um projecto conjunto dos governos francês e inglês. A 2 de Março de 1969, no lado francês, o Capitão André Turcat, levou-o no seu primeiro voo de teste, com partida em Toulouse. Um mês mais tarde, a 9 de Abril 1969, o Capital Brian Trubshaw levou o Concorde britânico de Filton à Base Aérea RAF Fairford.
O que se seguiu foram 3 décadas de luxo. O Concorde era o transporte de escolha dos ricos e famosos. Segundo a Airline Ratings, uma viagem de ida-e-volta de Londres a Nova Iorque custaria US$20.000 (19.103€). Algo que a maioria de nós apenas poderá sonhar. Contudo, isso não deteve alguns, que pouparam durante anos para ter essa experiência pelo menos uma vez na vida, muitos acabaram por nunca conseguir realisar o seu sonho.
Para celebridades, tais como Sir Elton John, Mick Jagger, Elizabeth Taylor, Joan Collins entre outros era uma viagem regular. O artigo da Airline Ratings afirma que o Concorde era o favorito da Rainha Elizabete e que se acredita que a Rainha Mãe terá estado ao controle de um Concorde, num voo de teste.
O fim de uma Era
A 25 de Julho de 2000, O Concorde sofreu um golpe massivo, que alguns acreditam ter sido o catalisador para o seu triste fim. O voo AF4590 da Air France, partiu do Aroporto Internacional Charles de Gaulle, em Paris, com destino ao Aroporto Internacional JFK, em Nova Iorque. Infelizmente, destroços deixados por um avião da Continental cortaram o tubo de combustível do avião, causando um incêndio enorme no Concorde. Este despenhou—se segundos após ter levantado voo, matando todos os passageiros e tripulação, e 4 pessoas em terra. No total, morreram 113 pessoas e 6 ficaram feridas neste terrível acidente.
Embora a investigação mostrasse que não havia nada de errado com o Concorde e que a causa do acidente terão sido os destroços deixados na pista, o acidente foi visto como um catalisador para o fim do Concorde. A Air France como a British Airways retiraram a sua frota por algum tempo. Algum tempo depois, os voos reiniciaram-se, mas os elevados custos dos bilhetes associados com os elevados custos de mantenção tornaram o magnífico Concorde inviável comercialmente. A 24 de Outubro de 2003, ele fez o seu último voo e foi o fim de uma era.
Desoito anos mais tarde, este magnífico avião ainda é lembrado e ainda se encontra na memória dos amantes da aviação, como eu.